Beatriz Santomauro
1 Formação profissional
A noção de que a carreira docente é só para quem tem um dom e está disposto a um sacrifício próximo do sacerdócio está muito longe da ideia de que essa é uma profissão como qualquer outra, em que é essencial estudar sempre e se dedicar, ampliando os conhecimentos aprendidos na formação inicial e mergulhando nas didáticas específicas de cada disciplina. Para que seus planos de aperfeiçoamento não amarelem no papel, comece listando o que pode ser resolvido no curto prazo: quais livros ler no próximo mês? Quais cursos priorizar no primeiro semestre? Como entrar naquela especialização no fim do ano?
Os passos variam conforme a atividade. Mergulhar nos livros que abordam sua área de trabalho ou em textos de pesquisas recentes exige apenas disponibilidade para ir atrás deles, comprando ou pedindo emprestado para colegas ou em bibliotecas. Ao eleger suas leituras, considere o tempo que você tem disponível, os objetivos que quer alcançar e se a obra é coerente com suas expectativas. "Para estabelecer esses critérios, trocar indicações com leitores experientes é uma ótima opção", sugere Gisele Goller, formadora da Comunidade Educativa Cedac, em São Paulo. Segundo ela, jornais, revistas e mesmo best-sellers devem estar na lista. "A ampliação cultural promove a aproximação com os alunos e permite trazer discussões atuais para a aula."
Em tempos de banda-larga, a tecnologia é uma grande aliada na formação. Usar a internet tanto para comprar títulos como para ler revistas e jornais é um caminho para quem não tem um acervo rico à disposição. Inscrever-se em grupos de discussão é uma alternativa para a troca de ideias para as aulas. Cursos de formação a distância são outra opção - olho vivo, porém, na qualidade pedagógica, na rotina de estudos e na qualidade do corpo docente.
No que diz respeito à formação continuada, vale refletir se ela tem ajudado a ensinar melhor ou se, ao contrário, tornou-se apenas uma cansativa (e obrigatória) maratona de atividades que pouco acrescentam. Se a realidade de sua rede permite, selecione o curso com base em suas demandas: quais conteúdos tive mais dificuldade para lecionar nos últimos tempos? Para avaliar seu desempenho, questione: o que aprendi nas formações neste ano? Estou no caminho certo? Qual deve ser meu próximo passo? Dividir essas inquietações com a coordenação pedagógica é fundamental para escolher a melhor opção. "Por ter uma visão do conjunto do corpo docente, cabe ao gestor orientar as trajetórias de formação de cada professor para garantir que as competências se somem e todos os alunos aprendam", afirma Gisele.
Se os cursos têm utilidade, as leituras passam a fazer parte da rotina e a troca entre os pares é constante, muito do árduo caminho já está percorrido. O desafio seguinte - nada trivial - é transpor todos os novos conhecimentos para o dia a dia da sala de aula. Tenha em mente que nenhuma mudança na formação se opera de uma hora para outra. "Quando um professor muda seu jeito de ensinar, ele pode ter dificuldades, durante um período inicial, para aplicar com segurança o que aprendeu. Por isso, é muito útil recorrer a parceiros mais experientes que possam avaliar se sua ação está adequada", explica a especialista.
Os passos variam conforme a atividade. Mergulhar nos livros que abordam sua área de trabalho ou em textos de pesquisas recentes exige apenas disponibilidade para ir atrás deles, comprando ou pedindo emprestado para colegas ou em bibliotecas. Ao eleger suas leituras, considere o tempo que você tem disponível, os objetivos que quer alcançar e se a obra é coerente com suas expectativas. "Para estabelecer esses critérios, trocar indicações com leitores experientes é uma ótima opção", sugere Gisele Goller, formadora da Comunidade Educativa Cedac, em São Paulo. Segundo ela, jornais, revistas e mesmo best-sellers devem estar na lista. "A ampliação cultural promove a aproximação com os alunos e permite trazer discussões atuais para a aula."
Em tempos de banda-larga, a tecnologia é uma grande aliada na formação. Usar a internet tanto para comprar títulos como para ler revistas e jornais é um caminho para quem não tem um acervo rico à disposição. Inscrever-se em grupos de discussão é uma alternativa para a troca de ideias para as aulas. Cursos de formação a distância são outra opção - olho vivo, porém, na qualidade pedagógica, na rotina de estudos e na qualidade do corpo docente.
No que diz respeito à formação continuada, vale refletir se ela tem ajudado a ensinar melhor ou se, ao contrário, tornou-se apenas uma cansativa (e obrigatória) maratona de atividades que pouco acrescentam. Se a realidade de sua rede permite, selecione o curso com base em suas demandas: quais conteúdos tive mais dificuldade para lecionar nos últimos tempos? Para avaliar seu desempenho, questione: o que aprendi nas formações neste ano? Estou no caminho certo? Qual deve ser meu próximo passo? Dividir essas inquietações com a coordenação pedagógica é fundamental para escolher a melhor opção. "Por ter uma visão do conjunto do corpo docente, cabe ao gestor orientar as trajetórias de formação de cada professor para garantir que as competências se somem e todos os alunos aprendam", afirma Gisele.
Se os cursos têm utilidade, as leituras passam a fazer parte da rotina e a troca entre os pares é constante, muito do árduo caminho já está percorrido. O desafio seguinte - nada trivial - é transpor todos os novos conhecimentos para o dia a dia da sala de aula. Tenha em mente que nenhuma mudança na formação se opera de uma hora para outra. "Quando um professor muda seu jeito de ensinar, ele pode ter dificuldades, durante um período inicial, para aplicar com segurança o que aprendeu. Por isso, é muito útil recorrer a parceiros mais experientes que possam avaliar se sua ação está adequada", explica a especialista.
Identifique quais atividades fizeram parte da sua rotina este ano
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Ações
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Sempre
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Às vezes
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Raramente
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Nunca
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1. Estipulei metas para melhorar minha formação a curto, médio e longo prazos | |||||||||
2. Li ou reli um obra importante para minha área de atuação | |||||||||
3. Busquei informações sobre as novas pesquisas em didática | |||||||||
4. Frequentei os cursos oferecidos por minha rede de ensino | |||||||||
5. Assisti a seminários, palestras e congressos | |||||||||
6. Usei as ferramentas de ensino a distância para me aperfeiçoar | |||||||||
7. Fui assíduo nas aulas da faculdade, especialização ou mestrado | |||||||||
8. Utilizei, na prática, os conhecimentos adquiridos em cursos teóricos | |||||||||
9. Compartilhei sugestões com os colegas sobre como melhorar o desempenho |
2 Atuação em sala de aula
O planejamento feito no começo do ano não é uma ferramenta estática que dá conta de resolver todas as situações que surgem. Por mais que você procure antecipar contratempos, provavelmente vai precisar modificar o que previu, repensando o tempo dedicado a alguns conteúdos em que a turma apresente mais dificuldade. E isso é natural, já que educar é lidar com pessoas que têm diferentes níveis de conhecimento e aprendem de maneiras distintas. "As alterações não devem ser vistas como uma falha do professor e muito menos como um sinal de que a turma é fraca. Ocorre que em toda classe é preciso ajustar o plano original conforme as necessidades da turma", afirma Ana Claudia Rocha, diretora do Centro de Formação de Professores de São Caetano do Sul, na Grande São Paulo.
O principal instrumento para balizar o planejamento são as avaliações. As externas, como a Prova Brasil, e os exames estaduais ou municipais podem ser usadas para identificar pontos fracos no ensino - para isso, é essencial analisar o índice de acerto de questão por questão e comparar com outras classes para identificar se o problema é restrito à sua turma ou se estende a toda a escola (nesse caso, acione o coordenador pedagógico). "O exame tem de ser visto em detalhes. Quando o educador consegue identificar os erros recorrentes, pode pensar em propostas de ensino específicas para superá-los", diz a especialista.
As avaliações periódicas, por sua vez, apontam se a turma está, de fato, aprendendo o que você está ensinando. "Os conteúdos curriculares orientam o trabalho, mas não devem ser cumpridos como uma lista que não leva em conta a realidade da sala. É fundamental considerar o aprendizado dos alunos", afirma Ana Claudia. Com base nas dificuldades pontuais, você pode organizar a recuperação - que, para cumprir a função de ajudar os estudantes que mais precisam, deve ocorrer ao longo de todo o ano letivo em vez de ser deixada para o fim de cada bimestre ou do ano.
Nesse ponto, porém, tenha cuidado para não se aprofundar demais em um tema e se esquecer de cumprir o restante do currículo. Para evitar essa armadilha, combine atividades em sala (desafios diferenciados para os alunos com dificuldade) e fora dela (tarefas de casa com os pontos de atenção e grupos de estudo no contraturno, com acompanhamento de professores).
Para garantir que todos evoluam, outra boa estratégia é variar a organização das turmas, mesclando atividades individuais com outras em grupos. No trabalho individual, cada estudante testa as próprias hipóteses e você tem noção clara dos diferentes níveis da garotada. No coletivo, você privilegia o intercâmbio cognitivo: cada estudante põe conhecimentos em jogo com os colegas, confronta-os por meio de argumentos e, assim, todos avançam.
A voz ativa da garotada deve ser considerada também em aspectos da gestão de classe. "Quando as aulas são baseadas no cumprimento de normas estabelecidas apenas pelo docente, é comum que o ambiente seja marcado pela indisciplina", explica Ana. Permitir que os estudantes tenham papel relevante em decisões como a discussão de regras para conservar o material de trabalho ou a resolução de problemas de relacionamento faz com que eles se sintam responsáveis pelo que ocorre em sala. "Construir vínculos é a melhor forma de obter disciplina. Um comportamento colaborativo não pode ser simplesmente imposto pelo professor", afirma a especialista.
O principal instrumento para balizar o planejamento são as avaliações. As externas, como a Prova Brasil, e os exames estaduais ou municipais podem ser usadas para identificar pontos fracos no ensino - para isso, é essencial analisar o índice de acerto de questão por questão e comparar com outras classes para identificar se o problema é restrito à sua turma ou se estende a toda a escola (nesse caso, acione o coordenador pedagógico). "O exame tem de ser visto em detalhes. Quando o educador consegue identificar os erros recorrentes, pode pensar em propostas de ensino específicas para superá-los", diz a especialista.
As avaliações periódicas, por sua vez, apontam se a turma está, de fato, aprendendo o que você está ensinando. "Os conteúdos curriculares orientam o trabalho, mas não devem ser cumpridos como uma lista que não leva em conta a realidade da sala. É fundamental considerar o aprendizado dos alunos", afirma Ana Claudia. Com base nas dificuldades pontuais, você pode organizar a recuperação - que, para cumprir a função de ajudar os estudantes que mais precisam, deve ocorrer ao longo de todo o ano letivo em vez de ser deixada para o fim de cada bimestre ou do ano.
Nesse ponto, porém, tenha cuidado para não se aprofundar demais em um tema e se esquecer de cumprir o restante do currículo. Para evitar essa armadilha, combine atividades em sala (desafios diferenciados para os alunos com dificuldade) e fora dela (tarefas de casa com os pontos de atenção e grupos de estudo no contraturno, com acompanhamento de professores).
Para garantir que todos evoluam, outra boa estratégia é variar a organização das turmas, mesclando atividades individuais com outras em grupos. No trabalho individual, cada estudante testa as próprias hipóteses e você tem noção clara dos diferentes níveis da garotada. No coletivo, você privilegia o intercâmbio cognitivo: cada estudante põe conhecimentos em jogo com os colegas, confronta-os por meio de argumentos e, assim, todos avançam.
A voz ativa da garotada deve ser considerada também em aspectos da gestão de classe. "Quando as aulas são baseadas no cumprimento de normas estabelecidas apenas pelo docente, é comum que o ambiente seja marcado pela indisciplina", explica Ana. Permitir que os estudantes tenham papel relevante em decisões como a discussão de regras para conservar o material de trabalho ou a resolução de problemas de relacionamento faz com que eles se sintam responsáveis pelo que ocorre em sala. "Construir vínculos é a melhor forma de obter disciplina. Um comportamento colaborativo não pode ser simplesmente imposto pelo professor", afirma a especialista.
Confira quais dessas boas práticas você realizou ao longo do ano
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Ações
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Sempre
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Às vezes
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Raramente
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Nunca
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10. Planejei o ano letivo e introduzi mudanças para atender às demandas da turma | |||||||||
11. Identifiquei alunos com dificuldades e organizei atividades para eles avançarem | |||||||||
12. Analisei questões das avaliações externas para localizar pontos de atenção no ensino | |||||||||
13. Promovi avaliações periódicas que direcionaram a recuperação | |||||||||
14. Organizei o ambiente da sala mesclando trabalhos em grupo e individuais | |||||||||
15. Permiti que a turma participasse de decisões na gestão da aula | |||||||||
16. Equilibrei o tempo do ensino de cada conteúdo e cumpri boa parte do currículo |
3 Relação com os pais e a comunidade
Entre famílias que não se envolvem com a aprendizagem de seus filhos e pais superprotetores que questionam cada atitude dos docentes, o que fazer? A palavra de ordem é orientação. Ainda que boa parte do contato com os familiares esteja a cargo dos gestores escolares, você pode aproveitar as reuniões, os encontros agendados ou mesmo o horário de entrada e saída para trocar informações sobre o desenvolvimento infantil, a maneira como a criança aprende ou as características de cada faixa etária. "Muitas vezes, a experiência escolar dos pais foi diferente da que os filhos recebem hoje. Por isso, eles têm muitas dúvidas sobre o que ocorre em sala", diz Angela de Crescenzo, orientadora educacional da Escola da Vila, na capital paulista. Nesse diálogo, você conhece aspectos da vida doméstica importantes para o ensino: onde o aluno faz as lições? Lê junto com os pais? Tem contato com novas mídias?
Cuide para que a relação não seja pautada só por queixas. "Mencione quanto as crianças evoluíram, os caminhos de melhoria e aonde se espera que elas cheguem", sugere Neurilene Martins Ribeiro, coordenadora pedagógica do Instituto Chapada, em Salvador.
A proximidade também vale para o contato com a comunidade, que pode ser convidada a participar de eventos de socialização - como festas, torneios esportivos e feiras de Ciências e Arte - ou atuar como uma fonte de conhecimento sobre o bairro. "As propostas de pais e vizinhos devem ser levadas em conta para a reflexão, mas a decisão de implementar mudanças é somente da escola. Lá estão os profissionais especializados em educar", ressalta Angela.
Cuide para que a relação não seja pautada só por queixas. "Mencione quanto as crianças evoluíram, os caminhos de melhoria e aonde se espera que elas cheguem", sugere Neurilene Martins Ribeiro, coordenadora pedagógica do Instituto Chapada, em Salvador.
A proximidade também vale para o contato com a comunidade, que pode ser convidada a participar de eventos de socialização - como festas, torneios esportivos e feiras de Ciências e Arte - ou atuar como uma fonte de conhecimento sobre o bairro. "As propostas de pais e vizinhos devem ser levadas em conta para a reflexão, mas a decisão de implementar mudanças é somente da escola. Lá estão os profissionais especializados em educar", ressalta Angela.
Como foi o contato entre você e os familiares dos alunos este ano
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Ações
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Sempre
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Às vezes
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Raramente
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Nunca
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17. Promovi diversos encontros com os pais dos estudantes para que eles soubessem os objetivos da escola e como colaborar | |||||||||
18. Soube ouvir as opiniões dos pais e considerá-las em meu planejamento | |||||||||
19. Levei em conta a realidade do entorno nas propostas de ensino | |||||||||
20. Aproveitei a reunião de pais para compartilhar os avanços das crianças - não só para criticar seu comportamento |
4 Postura no ambiente escolar
Salas lotadas, rotina puxada, salários defasados e indisciplina. Se não é fácil fugir dessa realidade, é essencial tentar lidar bem com ela. "Um passo fundamental é o professor tomar as rédeas do seu trabalho", defende Maria Elizabeth Barros de Barros, especialista em saúde docente da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes). Isso significa descruzar os braços e, num primeiro momento, identificar os principais problemas do ambiente escolar, que podem ser apontados nas reuniões com a equipe. A etapa seguinte, a busca de soluções, tende a ser mais efetiva se for pensada coletivamente. "Uma proposta com amplo apoio do corpo docente costuma ser encarada com mais atenção pelas Secretarias de Educação do que uma ideia individual", diz Maria Elizabeth.
Fique atento para valorizar a articulação com os gestores. Com o diretor, envolva-se no debate e na implantação do projeto político-pedagógico (PPP), contribuindo com ajustes conforme sua experiência. Com o coordenador, não deixe de buscar apoio para o planejamento e pedir supervisão durante as aulas. Nas conversas com os colegas, uma preocupação é garantir a continuidade do ensino conforme os estudantes avançam de ano. O coordenador costuma articular esse desafio, mas os professores podem colaborar. "Uma possibilidade é elaborar relatórios que sirvam de base para o trabalho do colega da série seguinte", diz Roberta Panico, consultora da revista NOVA ESCOLA GESTÃO ESCOLAR. Ajuda muito, também, transformar os conselhos de classe em oportunidades para trocar impressões sobre a aprendizagem dos alunos (o que exige preparo prévio dos participantes) e não só sobre problemas de disciplina.
Fique atento para valorizar a articulação com os gestores. Com o diretor, envolva-se no debate e na implantação do projeto político-pedagógico (PPP), contribuindo com ajustes conforme sua experiência. Com o coordenador, não deixe de buscar apoio para o planejamento e pedir supervisão durante as aulas. Nas conversas com os colegas, uma preocupação é garantir a continuidade do ensino conforme os estudantes avançam de ano. O coordenador costuma articular esse desafio, mas os professores podem colaborar. "Uma possibilidade é elaborar relatórios que sirvam de base para o trabalho do colega da série seguinte", diz Roberta Panico, consultora da revista NOVA ESCOLA GESTÃO ESCOLAR. Ajuda muito, também, transformar os conselhos de classe em oportunidades para trocar impressões sobre a aprendizagem dos alunos (o que exige preparo prévio dos participantes) e não só sobre problemas de disciplina.
Examine sua parceria com colegas e gestores neste ano
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Ações
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Sempre
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Às vezes
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Raramente
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Nunca
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21. Em vez de reclamar, propus novas práticas na escola e envolvi os colegas | |||||||||
22. Fiz reuniões com professores de outros anos para garantir a continuidade do ensino | |||||||||
23. Articulei soluções com meus pares para as dificuldades de aprendizagem | |||||||||
24. Busquei orientação da coordenação pedagógica para melhorar o ensino | |||||||||
25. Procurei colaborar com a direção nas mudanças no projeto político-pedagógico |
5 Qualidade de vida
Articular vida profissional e pessoal é uma providência-chave, entre outras coisas, para evitar estresse e dores musculares, as principais causas de afastamento da sala de aula. "Essa busca passa pelo equilíbrio entre cinco dimensões", explica Alberto Ogata, médico e presidente da Associação Brasileira de Qualidade de Vida, em São Paulo.
A primeira dimensão é a física, que envolve práticas esportivas e alimentação. A segunda, a social, inclui a relação com a família e os amigos. Nesse contato, a qualidade conta mais do que o tempo despendido. "Uma conversa franca ou um papo divertido podem valer mais do que horas diante da televisão sem trocar uma palavra com o outro", diz Ogata.
Na terceira dimensão, a intelectual, além do estudo, entram as atividades de ampliação cultural - idas a teatros, cinemas e museus. Já a quarta, chamada de espiritual, não tem a ver com religião, mas com cultivar um clima positivo nas relações, com bom humor, gentileza e otimismo.
A quinta, por fim, é a emocional, diz respeito à capacidade de lidar com dificuldades como o estresse e o desânimo. Para trabalhar esse aspecto, uma boa ideia é focar sua vida no presente, em vez de transferir as aspirações para o futuro. Em lugar de ficar contando os dias para a aposentadoria, não é muito mais produtivo buscar atitudes concretas para trabalhar feliz hoje?
Em resumo, se você decidir que é hora de trocar muitos itens da sua bagagem para o próximo ano, o momento de começar a agir é agora. Senão os planos de mudança correm o risco de ficar para 2015, 2016...
Avalie seus cuidados com a saúde e o bem-estar este ano
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Ações
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Sempre
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Às vezes
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Raramente
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Nunca
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26. Não permiti que a falta de tempo me privasse da companhia dos amigos | |||||||||
27. Dediquei parte da minha semana à prática de exercícios físicos | |||||||||
28. Mantive uma alimentação adequada | |||||||||
29. Procurei contribuir para um clima favorável, com bom humor e gentileza | |||||||||
30. Prestei atenção para resolver problemas no presente e não adiar mudanças e soluções para o futuro | |||||||||
31. Aprendi coisas novas que me deram prazer | |||||||||
32. Aproveitei a programação cultural da minha cidade ou região |
http://revistaescola.abril.com.br/
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